No post anterior eu citei o soneto Drummondiano Destruição; poema impiedoso que nada contra a maré das ideias correntes desses tempos.
Posto um soneto meu que vai pelo mesmo caminho (embora não possa dizer que tenha sido influenciado diretamente pelo poeta de Itabira...):
A paixão não é o mundo. Conceber
Que da mulher e do homem a porfia
Seja (de quanto há) o que mais vale ao ser
É a mais inerte e vã filosofia.
Nela, teus sonhos hão de perecer
Quais tuas reflexões, à revelia;
Morrem a sanidade, o afã, o querer
E os amigos (se é que os tiveste um dia...).
Tu mesmo morres, por conta da face
Que crias para a tua sobrepor
Permitindo à outrem que teu fado trace.
Mas eis que também és o matador,
Pois não evitas que o ardor teu embace
A imagem turva a que prestas louvor.
Mais em http://www.recantodasletras.com.br/autor.php?id=108112
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